Quando o simpático passarinho do Twitter saiu de cena para a entrada do metálico X, para quem acessava a rede social do Ellon Musk, em junho de 2023, começava ali uma das mais impactantes e polêmicas estratégias de comunicação de uma marca ou rebranding, e muita gente percebeu o impacto prático que isso pode ter para os consumidores.

 

A construção e o fortalecimento de uma marca sólida são essenciais para que as empresas se mantenham relevantes e competitivas hoje em dia. A capacidade de adaptação e inovação da sua própria imagem permite que as organizações acompanhem as transformações do mercado e atendam às expectativas de consumidores que buscam muito mais do que produtos ou serviços: eles procuram propósito, valores e conexões reais.

 

O reposicionamento de marca é uma estratégia que envolve a reformulação da identidade visual, do posicionamento ou da comunicação de uma empresa. Isso não significa apenas mudar logotipos ou cores, mas alinhar-se às novas dinâmicas do mercado, às expectativas dos consumidores e às inovações tecnológicas. É uma forma de externalizar, de maneira autêntica, o que a empresa representa hoje e como ela pode agregar valor no futuro.

 

Essa abordagem é particularmente relevante em momentos de transformação, como os que vivemos atualmente. Com a aceleração digital, mudanças climáticas, novos comportamentos do consumidor e a globalização, as marcas precisam se reinventar constantemente.

 

Cases de Sucesso

 

Diversas empresas têm se destacado por suas estratégias bem-sucedidas de rebranding, demonstrando como a adaptação pode ser um fator decisivo para o sucesso:

 

• Nubank: Não precisa ser uma marca centenária para mudar sua comunicação. Com oito anos de mercado, o Nubank resolveu alterar sua marca para celebrar a ampliação de sua linha de produtos, saindo de apenas cartão de crédito e uma conta bancária para plataforma financeira completa, o que também inclui empréstimos, investimentos e uma série de outros produtos. Refletindo seu posicionamento humanizado e mais próximo de seus clientes, além de sua busca constante por inovação e modernidade.

 

• Nokia: Após 60 anos com a mesma identidade visual, a Nokia decidiu renovar sua marca, adotando cores mais vibrantes e um design geométrico e abstrato. O objetivo foi transformar a percepção da empresa de uma fabricante de telefones celulares para uma inovadora companhia de tecnologia B2B. Essa mudança reflete a ética de inovação e modernidade da empresa.

 

• Itaú: Líder no ranking de marcas mais valiosas do Brasil em 2023, o Itaú anunciou uma mudança em sua identidade visual. A reformulação preservou elementos tradicionais, mas modernizou a comunicação para reforçar sua imagem de segurança e prontidão. A estratégia demonstrou o compromisso do banco em atender às necessidades das gerações futuras.

 

• Pepsi: Após 15 anos sem alterações, a Pepsi atualizou seu logotipo, incorporando elementos contemporâneos e uma tipografia em negrito. A mudança reflete a intenção da companhia em resgatar laços afetivos dos consumidores com a marca.

 

Antes de iniciar qualquer alteração, é imprescindível entender o mercado, as necessidades do consumidor e as tendências. Essa etapa garante que as decisões sejam tomadas com base em dados concretos. Além disso, durante o processo de rebranding, é vital comunicar de forma transparente as razões e os objetivos por trás da mudança. Utilizar diversos canais de comunicação para alcançar diferentes públicos e estilos de aprendizado ajuda a garantir que a mensagem seja compreendida.

 

As marcas que conseguem se reinventar de maneira autêntica e inovadora continuarão a prosperar, independentemente das adversidades e transformações que o futuro possa trazer. Assim, a construção de uma identidade forte e flexível deve ser vista como um investimento essencial e estratégico para o sucesso sustentável.